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As conseqüências das nossas ações agarram-nos pelos cabelos, sem nada se importarem com o fato de, entretanto, nos termos corrigido

Nietzsche (Filósofo alemão 1844 – 1900)

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o consultório verde

O Consultório Verde


Márcia Campiolo


O mundo hoje, tem como grande preocupação a preservação do ambiente. Isto tem levado a mudanças significativas no comportamento das pessoas, no sentido de preservarem o planeta através da utilização racional dos recursos naturais e da diminuição da poluição ambiental.
As sociedades caminham nesta direção de forma irregular, onde cada país conta com cidadãos mais ou menos conscientes e prontos para se comportarem de forma ecologicamente mais correta. Mas, independentemente do nível de conscientização e de atitude efetiva de cada povo, observamos uma firme tendência globalizada nesta direção.
Assim, é preciso lembrar que, nos consultórios médicos esta realidade deve ser considerada no sentido de se buscar alternativas de atitudes da equipe, que sejam ecologicamente sintonizadas com o momento atual.
Em fevereiro de 2003, através da Resolução nº 33, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária-Anvisa, dispõe sobre o Regulamento Técnico e a destinação final dos resíduos de serviços de saúde. Esses locais têm que seguir normas que garantam a proteção do ambiente e dos profissionais que trabalham diretamente com o gerenciamento dos resíduos, cujas medidas situam-se no âmbito da biossegurança. A implantação deste Programa de Gerenciamento de Resíduos de Saúde é uma clara demonstração de que mudanças neste sentido na área da saúde já estão batendo fortemente na porta das clínicas médicas.
Vale salientar, que além da questão ecológica, é possível se reduzir custos dentro das clínicas através de comportamentos que poupam o meio ambiente e permitem baixar os custos da clínica.
Diminuindo o consumo de papéis, de descartáveis ou poupando energia, é possível se evitar a derrubada de árvores, diminuir a quantidade de lixo que é descartado além de outros benefícios ao meio ambiente.
Muitas empresas acreditam que é possível rapidamente obter-se uma redução de pelo menos 30% do consumo de papel, com mudanças simples na rotina de trabalho.
Mas a pergunta que se deve fazer neste momento é: Como trazer estes conceitos para dentro das clínicas e consultórios médicos?
Em primeiro lugar, é importante salientar que consciência, adquire-se através de informação, conhecimento e observação. Assim, a equipe da clínica precisa passar por um processo de educação continuada, que permita ao grupo encontrar caminhos que levem a mudanças comportamentais significativas que possam produzir resultados satisfatórios em termos econômicos e ambientais.
Posso citar 15 alternativas simples e facilmente aplicáveis ao dia a dia das clínicas e que com certeza podem produzir resultados satisfatórios:

1. Apagar as luzes, assim como o ar condicionado de ambientes que não estão sendo utilizados
2. Desligar computadores ou pelo menos os monitores em horário de intervalo para almoço ou em outros momentos em que não estejam sendo utilizados.
3. Procurar sempre que possível imprimir as duas faces das folhas de papel.
4. Verificar cuidadosamente se a cópia/impressão é realmente é necessária
5. pedir para ser removido de listas de correios e bases de dados, que enviam panfletos, notícias, promoções.
6. Reutilizar papéis em rascunhos e/ou impressão de controles internos
7. Reutilizar, sempre que possível envelopes, para uso interno.
8. Utilizar copos não descartáveis para uso da equipe. Deixar os descartáveis somente para os clientes.
9. Instale ventiladores de teto para serem usados em dias não muito quentes, no lugar do ar condicionado. Ventiladores podem economizar até 90% de energia em relação ao ar condicionado.
10. Procure limpar ou trocar regularmente os filtros do ar condicionado . Um ar condicionado sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano.
11. Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes .Lâmpadas fluorescentes gastam até 60% menos energia que uma incandescente.
12. Ao adquirir aparelhos eletrodomésticos para a clínica, opte por aqueles de baixo consumo
13. Use pen drive ao invés de CD ou DVD. Um CD leva 450 anos para se decompor.
14. Adote ações que possam diminuir o consumo de água dentro da clínica, principalmente na manutenção.
15. Plante uma árvore

Tão importante quanto implantar procedimentos como os acima citados, é mensurar e avaliar os resultados, através de estatíticas como as de consumo de energia, água, papéis e outros ítens que tenham sido incluidos nas medidas adotadas.
É muito importante que estes resultados sejam compartilhados com a equipe, para que possa atuar como agente motivador e norteador da atuação dos colaboradores.
Assim estes resultados de análises poderão incentivar a equipe a manter e aprimorar os comportamentos voltados para a proteção ambiantal e economia de recursos.



MÁRCIA CAMPIOLO
www.marciacampiolo.com.br
Márcia R. F. Campiolo é Psicóloga com especialização em Administração de Recursos Humanos, ex-docente universitária e atuante na área de Psicologia empresarial há mais de 26 anos, possuindo longa experiência em desenvolvimento e gestão de programas empresariais.??
Dentro de empresas desenvolveu inúmeros projetos na sua área de especialidade, além de ministrar palestras e cursos envolvendo gestão de pessoas na área empresarial.??
Desde 1996, tem se dedicado exclusivamente à Gestão Médica, fazendo uso de sua experiência na área empresarial, para adaptar e desenvolver trabalhos especializados nesta área, sendo inclusive gestora de uma clínica médica.??
Tem ministrado palestras e cursos em congressos e outros eventos na área médica, cujos temas abordam a compreensão e implementação dos processos de Gestão, excelência no atendimento a clientes, treinamento e educação continuada de equipes, programas educacionais e de relacionamento com clientes, além de outros programas que visam a
profissionalização da gestão dos consultórios, assim como do atendimento prestado nesta área.??
Presta serviços de consultoria a clínicas e hospitais, na area de atendimento ao cliente, reestruturação de ciclos de trabalho, solução de problemas administrativos, especialização e profissionalização do trabalho da equipe com a agenda médica, telefone e recepção, além de outras atuações dentro do contexto de Gestão Médica.
Atualmente é Diretora Administrativa e membro da comissão de cursos da SBAO-Sociedade Brasileira de Administração em Oftalmologia, uma das coordenadoras da área de Gestão Médica da SOBLEC (Sociedade Brasileira de Córnea, Lentes de contato e Refratometria) , membro da ASOA- American Society of Ophthalmic Administrators
Além disso, é colunista na área de Recursos Humanos da Revista DOC – Gestão em Saúde e da Revista SBAO – Gestão em Oftalmologia, do qual é também editora.
É autora do livro: “GESTÃO DO CONSULTÓRIO MÉDICO -Desenvolvendo e administrando sistemas com elevada qualidade no atendimento ao cliente”, publicação dirigida a médicos e gestores de consultórios em geral, lançado em maio/2007, pela editora Cultura Médica, e segunda edição lançada em agosto/2009 pela Editora Cultura Médica e Guanabara Koogan.??
Em 2010 e 2011 estão programados novos lançamentos de livros da autora na área de Gestão Médica.


Todos os artigos são de autoria de Márcia Campiolo e não podem ser alterados ou republicados sem a permissão da autora.

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